Bom,ontem enfim fiz a morfológica que pretendo ter sido minha última ultra,e com ela decobri o sexo do meu bb,para nossa grande surpresa e contrariando todas as crenças populares para descoberta do sexo,É UMA MENINA!!!
Não vou negar que a noticia caiu em mim meio que como uma bomba, estava fazendo taaantos planos para o Pietro,e me deparei então com o fato de estar gerando um ser do gênero que tanto meu magoou, que tanto me rejeitou, o qual eu tanto quis ser aceita e via todas minhas tentativas frustradas a cada rejeição,lembro de quando era bem pequena e via um grupinho de meninas conversando num canto e ao tentar me aproximar todas se afastavam ou paravam a conversa,isso sempre,sempre me fez muito mal,lembro do quão rejeitada e mal falada eu fui na época que servi como voluntária na obra do salão de assembléias do Grande Rio,o olhar de desaprovação de todas as solteiras as respostas atravessadas ao tentar puxar assunto com alguma delas,e ao contrário o quanto fui bem vinda no grupo dos solteiros ,o quando eu me sentia bem quista entre eles,os meninos sempre me fizeram me sentir muito melhor na presença deles,e isso acabava piorando as minhas tentativas de ser aceita nos grupinhos femininos,nunca, ao contrário do que todas achavam,tive segundas intenções,não me aproximava deles com essa motivação,nem sequer namorei nenhum menino que eu considerava como amigo,sempre separei muito bem comigo mesma essas duas coisas,e por incrível que pareça,com os que eu tinha alguma intenção de namorar,eu simplesmente me travava,mas com os outros eu me sentia muito a vontade.
Como então gerar um ser cujo gênero sempre me rejeitou, cujo gênero sempre me fez sofrer com seus olhares e comentários desaprovadores. Chorei,chorei,imaginando minha própria filha me rejeitando, disputando a atenção do Sandro comigo. Senti-me muito mal, pq sabia que devia amá-la, mas eu simplesmente não conseguia.
Ao chegar do trabalho em casa, pedi um abraço do Sandro e aos prantos contei o que estava sentindo, ele foi hiper atencioso falou coisas boas, mas só depois de me abrir com minha mãe, consegui me aliviar e começar a amar essa menininha que está dentro de mim, ela chorando ao telefone junto comigo, disse uma coisa que já havia escutado de uma médica que era meio psicóloga meio homeopata, que o fato do meu pai sempre ter se negado a sequer me abraçar, demonstrar alguma expressão de carinho comigo me fez procurar a atenção de um pai em outros homens, e me lembrei do quanto eu gostava na época que namorava escondido meu primeiro namorado,quando ele me abraçava e me olhava com carinho e acarinhava meu rosto,assimilei esse contato com segundas intenções ao contato que eu tanto precisava do meu pai, mas que infelizmente para mantê-lo perto eu tinha que aceitar a parte que eu não gostava que eram os carinhos mal intencionados de um homem. Lembrei-me Tb do quanto me sentia mal ao ouvir minha própria vó desaprovar meus modos de sentar e ficar subindo nas coisas, quando era criança,alegando que eu estava querendo chamar atenção do meu avô,isso mesmo,atenção em sentido sexual.Meu deus como então vou conseguir criar uma menina,tendo todo esse histórico ruim com o gênero feminino,mas minha mãe com suas sábias e acalentadoras palavras me fizeram entender que isso foi devido ao fato de minha necessidade de atenção masculina, ao qual caberia ao meu pai, me foi negada,não pq meu pai não gostasse de mim ,mas devido a sua criação ter sido assim, sem o afeto do pai e consequentemente eu faço com que as meninas por um certo tipo de inveja,do quão bem eu me sentia no meio masculino e o quanto, mesmo sem eu notar e sem intenção disso,ficava me insinuando para eles procurando ser aceita,essa era minha motivação e minha necessidade,atenção fraternal,a qual eu não tinha e não conhecia a correta.
Enfim sei que essa menina vem para me ensinar muita coisa,e eu realmente precisava disso.
Que venha então minha Ravena !!!!